A tecnologia muda a maneira em que vivemos no nosso dia a dia, como aprendemos, e a maneira em que usamos a nossa capacidade de atenção
Pare um pouquinho e tente lembrar-se da última vez que você decorou o número de telefone de alguém.
Será que já faz muito tempo, talvez em 2001? E qual foi a última vez que esteve em um jantar ou conversando com os amigos e pegou o seu smartphone para achar no Google a resposta à pergunta de alguém? Provavelmente na semana passada.
A tecnologia muda a maneira em que vivemos no nosso dia a dia, como aprendemos, e a maneira em que usamos a nossa capacidade de atenção – e um volume crescente de pesquisas sugere que ela possivelmente afete profundamente a nossa memória (principalmente a memória de curto prazo ou memória de trabalho), alterando-a e em alguns casos e até prejudicando suas funções.
É difícil exagerar as implicações de uma memória de trabalho fraca no funcionamento do nosso cérebro e no nosso nível geral de inteligência.
"A profundidade da nossa inteligência depende na nossa habilidade em transferir informações da nossa memória de trabalho, um tipo de bloco de notas do nosso consciente, para a memória de longo-prazo, que é o sistema de arquivamento do mente” escreveu Nicholas Carr, autor do livro The Shallows: What The Internet Is Doing To Our Brains, na revista Wired em 2010.
"Quando fatos e experiências entram na nossa memória de longo-prazo, somos capazes de tecê-los numa trama de ideias complexas que enriquecem o nosso pensamento”.
Enquanto a nossa memória de longo prazo tem uma capacidade praticamente ilimitada, a memória de curto-prazo tem espaço de armazenamento limitado e essa capacidade é muito frágil.
“Uma quebra na nossa atenção pode apagar o seu conteúdo da nossa mente", explica Carr.
Novas pesquisas também revelaram que tirar fotos – uma prática cada vez comum na nossa cultura obcecada pelo smartphone – acaba prejudicando a nossa habilidade de lembrar aquilo que estamos capturando com a câmera.
Você está preocupado com a perda de memória prematura? Provavelmente deveria estar. A seguir relacionamos cinco coisas que você deve saber sobre como a tecnologia está afetando a sua memória.
Até uma única sessão de uso da Internet pode dificultar o armazenamento de informação na sua memória, diz
Erik Fransén, professor de ciência da computação no KTH Royal Institute of Technology da Suécia.
E ainda de acordo com Tony Schwartz, especialista em produtividade e autor do livro The Way We're Working Isn't Working, a maioria de nós não consegue administrar de forma eficaz a sobrecarga de informação com que somos bombardeados constantemente.
Quando a memória de trabalho está com sobrecarga digital, é como um copo de água transbordando. Schwartz explicou o fenômeno em uma entrevista ao The Huffington Post em Junho:
"É como um copo em que se derrama água continuamente o dia inteiro, então o que estava ali na parte de cima acaba derramando à medida que mais água é derramada no copo. Estamos constantemente perdendo a informação que acabou de entrar – pois estamos constantemente substituindo-a e não há espaço para guardar o que já estava dentro. O resultado é uma experiência muito superficial; você só tem o que está na sua mente naquele momento. E é difícil as pessoas metabolizarem e entenderem a informação porque há tanta coisa vindo em sua direção e isso é muito atraente. Você acaba sentindo-se sobrecarregado porque o que você tem é uma quantidade infinita de fatos sem uma maneira de conectá-los em uma história que faça sentido.”
(Fonte: exame abril)
Será que já faz muito tempo, talvez em 2001? E qual foi a última vez que esteve em um jantar ou conversando com os amigos e pegou o seu smartphone para achar no Google a resposta à pergunta de alguém? Provavelmente na semana passada.
A tecnologia muda a maneira em que vivemos no nosso dia a dia, como aprendemos, e a maneira em que usamos a nossa capacidade de atenção – e um volume crescente de pesquisas sugere que ela possivelmente afete profundamente a nossa memória (principalmente a memória de curto prazo ou memória de trabalho), alterando-a e em alguns casos e até prejudicando suas funções.
É difícil exagerar as implicações de uma memória de trabalho fraca no funcionamento do nosso cérebro e no nosso nível geral de inteligência.
"A profundidade da nossa inteligência depende na nossa habilidade em transferir informações da nossa memória de trabalho, um tipo de bloco de notas do nosso consciente, para a memória de longo-prazo, que é o sistema de arquivamento do mente” escreveu Nicholas Carr, autor do livro The Shallows: What The Internet Is Doing To Our Brains, na revista Wired em 2010.
"Quando fatos e experiências entram na nossa memória de longo-prazo, somos capazes de tecê-los numa trama de ideias complexas que enriquecem o nosso pensamento”.
Enquanto a nossa memória de longo prazo tem uma capacidade praticamente ilimitada, a memória de curto-prazo tem espaço de armazenamento limitado e essa capacidade é muito frágil.
“Uma quebra na nossa atenção pode apagar o seu conteúdo da nossa mente", explica Carr.
Novas pesquisas também revelaram que tirar fotos – uma prática cada vez comum na nossa cultura obcecada pelo smartphone – acaba prejudicando a nossa habilidade de lembrar aquilo que estamos capturando com a câmera.
Você está preocupado com a perda de memória prematura? Provavelmente deveria estar. A seguir relacionamos cinco coisas que você deve saber sobre como a tecnologia está afetando a sua memória.
A sobrecarga de informação dificulta a retenção de informação.
E ainda de acordo com Tony Schwartz, especialista em produtividade e autor do livro The Way We're Working Isn't Working, a maioria de nós não consegue administrar de forma eficaz a sobrecarga de informação com que somos bombardeados constantemente.
Quando a memória de trabalho está com sobrecarga digital, é como um copo de água transbordando. Schwartz explicou o fenômeno em uma entrevista ao The Huffington Post em Junho:
"É como um copo em que se derrama água continuamente o dia inteiro, então o que estava ali na parte de cima acaba derramando à medida que mais água é derramada no copo. Estamos constantemente perdendo a informação que acabou de entrar – pois estamos constantemente substituindo-a e não há espaço para guardar o que já estava dentro. O resultado é uma experiência muito superficial; você só tem o que está na sua mente naquele momento. E é difícil as pessoas metabolizarem e entenderem a informação porque há tanta coisa vindo em sua direção e isso é muito atraente. Você acaba sentindo-se sobrecarregado porque o que você tem é uma quantidade infinita de fatos sem uma maneira de conectá-los em uma história que faça sentido.”